quinta-feira, 27 de março de 2014

Sentimento Amazônida de um General

Olás...



O mais novo “Cidadão de Manaus” já está na região amazônica há bastante tempo, desde 1976. O general do Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comandante militar da Amazônia, obteve o título na quarta-feira (dia 26/03), numa justa homenagem realizada na Câmara Municipal de Manaus, pelo reconhecimento à dedicação de grande parte de sua vida na defesa do maior patrimônio existente para o mundo, a Amazônia, e pelo genuíno amor que demonstra por nosso grandioso Estado, fazendo deste a sua morada. Um exemplo de profissional.

“Toda esta floresta, os seus povos e a sua cultura são um patrimônio não apenas brasileiro, mas da humanidade. E também é um exemplo para um mundo melhor e mais responsável. Em nenhuma outra região do país há a integração entre o homem e a natureza encontrada aqui nesta região”. Com essas palavras, o general demonstra o respeito para com a nossa gente.

O áudio do discurso (emocionado) do general pode ser encontrado no link abaixo:


Mas algumas de suas  frases  vale aqui o registro:


 “Sou caboclo do Amazonas, essa terra é nosso lar”;


 “Me sinto pequenininho. Sei que quem está sendo homenageado é o Exército. Obrigado a todos, aos vereadores e ao prefeito pela sua visão de estadista fazendo um grande trabalho em Manaus”;

“Obrigado Manaus pelo reconhecimento ao trabalho de integração do Exército. Sinto-me filho de Manaus desde que cheguei aqui, em 1976. Foi a cidade em que mais tempo passei, pois fui tocado pela magia do encontro das águas, da toada, da vida simples, patriota e empreendedora do povo amazonense”.

Não é fácil estar no Comando de uma das áreas mais extensas do Planeta, monitorando uma área de 5,2 milhões de km2. A Amazônia, que é considerada área de maior biodiversidade e local da maior bacia hidrográfica de água doce existente. Todo esse tempo, o Brasil e especialmente nós, desta Região, estivemos sob os olhos vigilantes do Comando Militar do Amazonas (CMA), tendo à frente o general Eduardo Villas Bôas, considerado um dos maiores especialistas sobre o tema.

É sabido que a Região Amazônica,  considerando a dimensão e a variedade dos  problemas, sob o ponto de vista geográfico e humano, concentra recursos de toda ordem, cujos valores são incomensuráveis. No entanto, apenas uma pequena parcela desse ambiente natural é conhecida e, por conseguinte, pequena é também a parcela que tem aproveitamento comercial.

Esse espaço encantado é tão imenso, que seu território representa o equivalente a 14 países da Europa. E é este maior ecossistema do planeta que está sob os cuidados de homens do Exército brasileiro. Pela  extensão  e a grandiosidade de riqueza que nos cercam, não seria nada mal o Exército aumentar o seu efetivo nessas áreas, especialmente naquelas  fronteiras. Afinal, esses corajosos homens são os nossos olhos e ouvidos na defesa desse território.

Não se trata somente de preservar e proteger a soberania do espaço geográfico. A preservação da Amazônia é uma responsabilidade de todos nós, perante esta e futuras gerações e perante o mundo. Precisamos manter a nossa influência sobre uma das regiões para a qual têm sido levantadas bandeiras de todos os cantos, ensinando-nos a cuidar e a legitimar nossa economia. Não é raro ouvirmos os chavões internacionais de que a Amazônia não é do Brasil, mas de todo o planeta, Chavões dos países que exercem seu domínio sobre as nações que possuem riquezas que lhes interessam, como as da Amazônia. Chavões de países que destruíram as suas florestas, mas agora querem nos ensinar como conservar as nossas. 

Precisamos cuidar muito bem, no entanto, desse grandioso patrimônio, para não darmos argumentos a que outros, pretensamente, intervenham em nossos assuntos.

Para quem ainda não sabe, e espero que este blog contribua em disseminar importante informação, em Manaus está localizado o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), com mais de 50 anos de existência. Sargentos e oficiais, formados pelo CIGS, gerenciam os diversos pelotões de fronteiras. Estes, estrategicamente estão espalhados ao longo do limite geográfico com nossos países vizinhos. 

O CIGS tem uma história e tanto.  Já formou milhares de guerreiros de selva, dentre estrangeiros. O curso é conhecido pelos níveis extremos de exigência física e é tido como a melhor escola de guerra na selva do mundo. 

O general Villas Bôas deixará Manaus, mas certamente voltará. Aqui deixa raízes familiares. Daqui já saboreou o jaraqui, como menciona no seu discurso.

Só temos a agradecer pelo excelente trabalho na defesa de nosso território amazônico.

Mamãe Coruja

 

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