terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Não olhe para o lado O problema também é seu.

Olás...


Daqui a pouco tempo, haverá algum canto em nosso planeta que estará a salvo  das conseqüências do aquecimento global? Eu não saberia responder a esta pergunta sem   as análises  dos especialistas.

Mas mesmo eles – ou boa parte deles – estão prevendo que as mudanças climáticas já estão batendo à nossa porta: já sentimos que está mais quente, que os animais migram (ou desaparecem), oceanos estão subindo e as catástrofes têm sido recorrentes.

Neste cenário, há uma linha tênue entre o que seria essa transformação natural e aquelas causadas pelo Homem. Se paramos para analisar essas mudanças, resta-nos pouco provável que a Mãe Natureza, sozinha, causaria tantos estragos.  As atividades industriais têm parcela de culpa. A destruição das florestas, pela busca do agronegócio maior parcela, ainda. Esta, na minha opinião, é mais danosa ao Planeta. 

O Homem ainda consegue inventar, para si,  mecanismos de proteção – eficazes não sei até quando. Mas o desaparecimento de várias espécies (animais irracionais(?) e vegetação)  jamais será recomposta, e eles não têm outra alternativa a não ser...desaparecer.

Os animais são retirados de sua rotina, devido às mudanças climáticas. Prova disso é o ocorrido há pouco tempo, na Rua Efigênio Sales, em Manaus. O local, onde foi construído um condomínio de luxo, era de vegetação densa. Foi totalmente substituído pelo concreto armado. 
Periquitos nas palmeiras - Rua Efigênio Sales.

Acuados em seu habitat, eles invadem as cidades.

Essa rotina não escolhe lugar para ser alterada. Sou fascinada por borboletas. São soltas, coloridas, voam caladas. Li, certa vez, que a borboleta Heodes tityrus, que vivia em Barcelona há algumas décadas, agora só pode ser encontrada em uma região 100 quilômetros ao norte. 
Para quem não sabe, quando elas desaparecem de um trecho qualquer da mata, é sinal de que alguma coisa muito grave está acontecendo com aquele ecossistema. 
Mas o homem ainda não aprendeu a ouvir esses alarmes.
Aqui no Brasil, já falta pouco para que tenhamos a nossa primeira borboleta extinta pela ação desenfreada dos predadores humanos do meio ambiente. Ela se chama Parides ascanius, e sempre habitou uma faixa estreita e curta do litoral do Rio de Janeiro, justamente a área do litoral brasileiro que mais vem sofrendo os efeitos da voracidade imobiliária que abocanha praia após praia. De asas negras, listradas de branco e grená, essa borboleta é habitante dos mangues e das matas litorâneas. Suas larvas alimentam-se com as folhas de uma trepadeira silvestre, a Aristalochia macroura, uma planta rara e venenosa.
Até o Homem tem ido para outros cantos em busca de melhores condições de vida. A questão é que ele destrói aquele espaço em que viveu e vai à procura de outro.
Dizem os entendidos, também, que o Mundo, desde que é Mundo... viveu todas essas situações... e resistiu.
Resistiram todos? 

Mamãe Coruja

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