quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Milagre da Transformação

Olás...



Hoje,
Deveria ser como todos os dias,
Em que diferentes se abraçam,
Comovem-se, 
Com um simples apertar de mãos.
O hoje,
Veio para lembrar do pranto,
Por aqueles que se foram,
Deixando marcas nos corações.
Que belo se o hoje fizesse milagres,
Que a cor da pele não importasse,
E o pão à mesa fosse igualmente repartido.
Que não houvesse oprimido,
A Violência não vencesse o Perdão.
Os lobos existentes em nossas entranhas,
Libertarem-se, 
Dando vazão ao espírito de Paz.
Sejam constantes esses atos
Norte a Sul, no Infinito
E a certeza do Amanhã,
Esperança nos traz.
Hoje, rogo ao Criador Presente,
Que não haja miséria no mundo,
Que o Amor nunca se ausente,
E a Felicidade nem tão...fugaz.


Uma lição de Amor, incondicional.




Mamãe Coruja

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Poemas de Natal sem versos nexos

Olás....


Não tarda e virá o Natal,
Doce Esperança, único alívio,
Para almas lastimadas
De tantos dias sofridos.
Crianças de faces ocultas
Percebidas pela magia
Do Dia de Natal.
Vem,  doce Esperança,
Estender no leito o corpo lasso,
De quem espera, todos os dias
Um afago, um abraço,
Cujo Milagre acontece
Na Noite  de Natal.
Vem, Papai Noel!
Trazer amor como presente,
A quem já foi também criança
Que a  vida tornou em largos anos,
Ou pela saudade se tornou ausente.
Podes entrar,  com constante e prévio aviso,
Deixas na Árvore de Natal,
Para toda a família, se for preciso
Pacotes de Amor, Paz, Perdão
E e nos lábios muitos sorrisos.
Vem, Doce Esperança ...
De um tempo melhor!




Quando as imagens dispensam palavras

(Fonte: Internet)


Mamãe Coruja

domingo, 20 de dezembro de 2015

Ne me quitte pas ...





Ne me quitte pas ...
Poderia pedir em todas as línguas,
Que não me esquecesses, jamais!
Apelaria a todos os métodos,
Sinais, um meio eficaz 
Para fixar-me em tua memória,
E reescrevesses a nossa história 
Do quanto nosso amor foi capaz.
Não tarda e verei que o vento
Levará as palavras que nunca mandastes-me...
Nas cartas ...
Já amareladas pelo tempo.




O peixe-boi da Amazônia é o menor dos peixes-bois existentes no mundo, alcançando um comprimento de 2,8 a 3,0 m e pesando até 450 kg. É o único que ocorre exclusivamente em água doce, podendo ser encontrado em todos os rios da bacia Amazônica. Cada fêmea de peixe-boi produz apenas um filhote a cada gestação e este filhote pode mamar por até dois anos. Além da caça, as principais ameaças ao peixe-boi são a destruição e a degradação do habitat, a liberação de mercúrio nos rios e agrotóxicos. Ocasionalmente,  filhotes são acidentalmente capturados em redes de pesca. Represas hidrelétricas atuam como barreiras e isolam populações, limitando a variabilidade genética da espécie. O peixe-boi da Amazônia está classificado como espécie "vulnerável" pela UICN (2000).

Há alguns anos, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia ( INPA) com a participação da Associação Amigos do Peixe-boi, vem trabalhando na assistência a espécie, inclusive com a reprodução em cativeiro.
Desde 1967 a caça e a comercialização de produtos derivados dele são proibidos no Brasil, mas a melhor notícia para a espécie foi o nascimento de “Erê”, em 1998, o primeiro peixe-boi da Amazônia a nascer em cativeiro.
Para saber mais sobre o nascimento do Erê vá aos links abaixo. A "viagem" valerá a pena.
Fontes: Fonte: http://bosque.inpa.gov.br/bosque/index.php/login/pxb
https://www.inpa.gov.br/noticias/noticia_sgno2.php?codigo=2320


Mamãe Coruja

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

DESABAFO



Olás...



Não esperem que todas as manhãs
Eu acorde com sorrisos largos,
Que eu te faça afagos,
Ou beije tua boca com sabor de café.
Não criem expectativas sobre mim,
Para as quais nem eu mesma alguma vislumbrei.
Não terei sempre as respostas para as dúvidas
Daqueles que optaram pela letargia
E sucumbiram à apatia,
Dia e noite...
Noite e dia.
Não me peçam tempo
Para avaliar se me amam,
Porque não mais perderei meu tempo
Para segundas chances,
Nem mesmo para mim.
Digo sim ao não se me convém.
Sou simples diante da complexidade,
Pacata, se me exigem maldade.
Não me desejem o que não pedi.
Sou essa imperfeição perfeita
Que recusa e aceita, sem agredir.
Porque só pedirei  desculpas a mim...
Se, por tudo isso, eu ainda me deixar ferir.



Sagüi-de-duas-cores ou Sauim-de-coleira (Saguinus bicolor)Hoje em dia esse macaquinho só vive na região de Manaus e cidades vizinhas, no Amazonas.
 Ele está nas listas nacionais e internacionais de espécies em extinção. Infelizmente.



(A partir deste post, optarei por - se for o caso - utilizar imagens que tenham relação com a Natureza, especialmente da minha Região, a Amazônia)


Mamãe Coruja

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Corpo celeste

Olás...






Acordei pensando em ti ...
Veio-me a ansiedade cobrar-me à porta.
Exigindo que eu desfaça essa agonia.
Mas onde tu estás?
Por onde teus passos têm te levado?
Acordei pensando em ti ...
A desejar dizer-te tudo que minha voz embarga
Do tanto que me fazes falta
De quanto essa distância corrói minh´alma.
Sitiada, tudo o que me cerca é vazio,
Preenchido quando adormeço,
Para então sonhar contigo.
Sonhos que não são loucos nem ociosos.
Pensei em escrever-te...
Em folhas de papel em branco
O que neste instante toca a minha vida
Pressupondo-a vazia, quase inexistente.
Não sentes o vazio que me ronda,
Como se lançada ao Universo,
Desgovernada?
Qual lei de gravitação
Sustentar-me-á por tanto tempo?
Permanecerei nos céus durante algum tempo,
Movendo-me no convívio dos astros,
E ficarei, como a admitir tua sublime companhia.
Isto é um sonho, bem sei.
Continuarei a sonhar,
Porque estamos longe um do outro,
Mais tempo do que pediu a nossa realidade.
 
 
 
 
Imagem: Internet



 
 
 
Mamãe Coruja
 
 


domingo, 22 de novembro de 2015

Há um Terror Maior...

Olás...


Estamos assistindo, sobressaltados, a um dos males mais incompreendidos da Humanidade: A matança em nome do Ódio! Um Ódio camuflado de "amor" a alguma "coisa". 

A cada segundo àquelas atrocidades, certamente milhões se perguntavam: quem somos, imperfeitos mortais, para decretarmos Pena de Morte, indiscriminadamente, em nome de uma Fé? 

Mas há um Terror que nos rodeia, e que é tão maléfico quanto aquele que está deixando rastros nas vidas de tantas famílias enlutadas, mundo afora.

É um Terror assintomático. Cresce, de forma incipiente, mas nada percebemos. Ou não fingimos percebê-lo. Estamos ocupados demais com o nosso trabalho; com o dia a dia no salão de beleza; em adquirir um novo smarphone e tantas coisas que poderiam vir em segundo plano. Filhos sendo concebidos apenas por prazer, mas sem Amor. Filhos sendo trocados pela droga; pelas prisões; por outros relacionamentos que logo adiante também se desfazem.

Tenhamos a Família como nossa prioridade. Devemos estar atentos aos primeiros indícios de rebeldia incontrolada, e à dificuldade de impor limites e de distribuir obrigações.

Por outro lado, quando o Estado  finge que não existe a periferia; que a diferença - que teima em dizer que não existe -  entre ricos e pobres para aplicar suas Leis é desproporcional e injusta; que assola seu povo à miséria, privando-os dos seus direitos básicos de sobrevivência; que veda os olhos diante de uma corrupção que enlameia a educação, a alimentação, e até os rios, nossas fontes de riqueza... de alguma forma está criando descontentamento, e enfraquecendo a mente daqueles que poderiam apoiar esse mesmo Estado, quando aviltada a sua Soberania. 

Como armadilhas, algumas  "religiões" prometem, muitas vezes, preencher essa carência do Estado, oferecendo redes de proteção e chances de ascensão social.

E jamais  esqueçamos!

Em nome da Paz muitas "religiões" deixaram um banho de sangue em guerras e outros crimes cometidos contra a Humanidade. 

Cuidemos, também, desse Terror - na mesma dimensão - dentro de nossos lares. Em lugar do Respeito, do Zelo, da Admiração, do Companheirismo, as pessoas estão se alimentando de Ódio, e explodem a cada "não!". Foram acostumadas a interpretarem erroneamente o sentido exato de Liberdade.

É deste Terror maior que tenho medo. Porque ele dará lugar lugar a uma morte que não mata de imediato. É uma morte devagar. Os ossos do corpo assistem, diariamente, a carne se deteriorando. Enfraquecendo. E a mente, vulnerável, já não se sente forte para combater qualquer mal.


Nada substitui o Amor
(Imagem:Internet)


Mamãe Coruja







terça-feira, 17 de novembro de 2015

Incompletude

Olás...

Imagem da Internet



 
Hoje, 
Não quero completar-te com versos.
Recolho-me, inteira. Disperso.
Quero os meus cacos,
Sozinha, juntar.
Sinto a alma estraçalhada,
Questiono o tudo e o nada.
Só hoje, por um momento,
Se fosses um barco sem remo
Queria em ti navegar.
Sem direção, sem rumo,
Eu seria o teu prumo...
Por cachoeiras,
Mares, incontáveis lugares...
Porque hoje o vento teima comigo,
Desfez meu ninho de amor, que era abrigo,
Para o teu corpo,
 Quando viesses buscar
Os versos, fragmentados,
Que em vão tento colar.
Devolvo-te tua alma,
Porque hoje, e só por hoje,
Para sentir -me serena e calma,
Preciso estar incompleta diante de ti.




Mamãe Coruja

domingo, 15 de novembro de 2015

Sou apenas o reflexo do teu olhar


Olás...




Imagem da Internet





Sou apenas o reflexo do teu olhar

A beleza que dizes ser minha
É consequência dos beijos,
Quando massageiam, com teus lábios,
A minha face,
Ainda adormecida, impregnada,
Com o cheiro teu.
Não. A beleza é só tua.
Sou o reflexo das cores dos teus olhos.
O viço da minha pele, latente,
É prova do amor, que deixas em mim
Simplesmente.
Teu corpo é feito do mais forte diamante
E, quando me tocas, com mãos macias,
Provocando a mais doce magia,
Como o amor de apaixonados amantes,
Percebo,  és tu,
Quem tem a infinita beleza.
Eu,
Sou apenas o reflexo do teu olhar...





Mamãe Coruja


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Um Cálice de Amor a Deus!


Olás...



Imagem da Internet



Brindo a ti,
Que tens versos n´alma.
Poemas correndo nas veias
Palavras que a dor acalma.
Brindo a um novo dia,
Desses que iluminam a noite.
Um  brinde ao pôr do sol,
Que se despede solene.
Brindo à Vida,
Que em teu corpo a alma abriga,
E ao teu sucesso perene.
Brindo a tudo que desejas
Do mais simples ao mais profundo.
Um Cálice de Amor a Deu!
E, pelos poemas teus,
Um brinde ao  futuro!


Mamãe Coruja

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Gotas de Lágrimas

Olás...


Imagem de Internet




 
Por certo poetas dirão,
Que o mar é feito de lágrimas.
Os rios, daquelas cujo pranto doeu.
Mágicos fariam das lágrimas
Tapetes, ou mesmo pontes,
Elevadas até aos montes
À procura das claras fontes,
De onde a lágrima escorreu.
Não sou como tu, poeta.
Meu alimento é a pura ilusão
De que o orvalho, além do horizonte,
São lágrimas que alguém chorou
Por um amor que se perdeu.
Numa profusão de gotas cristalinas,
Brotando pequeninas,
As tuas lágrimas
Incontestável afirmação
São as mesmas lágrimas,
Que juntas se uniram ao destino,
Transformaram o lago
Neste mar sem dimensão.
Ainda ousas duvidar
Se tua lágrima algum dia foi minha?
Aprecie o cair da chuva
Não vês que está a molhar
A relva e  o solo fecundo?
Tuas lágrimas regam o jardim
As minhas,
Este amor tão profundo.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Saudade

Olás...


(Imagem da Internet)




Passaria a vida inteira a descrever teus olhos.
Mas hoje,
Só quero falar da saudade que deixaste em mim.
Porque descobri que a Saudade tem gosto,
De tempero afrodisíaco nos teus beijos,
Que tanto senti.
Saudade também é Silêncio 
Embora  turbilhão de vozes ecoe lá fora.
Saudade é música. Sons infinitos.
É quando mais forte se torna essa Saudade.
Dentro de mim.
Ao lembrar das canções que embalaram nossos afagos,
Abraços.
Saudade é como o Vento tempestuoso.
Se forte, pode machucar.
Saudade tem cores mil.
Tem cor do Azul Anil
E cor de Âmbar.
Saudade só não passa em branco,
Nem é luto. 
Saudade é saber esperar.




Mamãe Coruja

sábado, 31 de outubro de 2015

Plenitude



Olás...
Praia em Pindobal - Santarém - Pará/Brasil
(Foto: Rodrigo Siqueira)

Se meus caminhos estiverem cercados com espinhos,
Ou estejam entre muros levantados,
Sem que eu veja, pelas frestas,
Raios de sol iluminando as veredas.
Se tentarem cessar o meu gozo,
Destruírem as fases da Lua,
E o silêncio se tornar barulhento
Nas esquinas das ruas,
Ainda assim, não desistirei de nós.
Se eu desfalecer e meus ossos tremerem,
E exausta ficar de tanto gemer.
Se, para resistir,
Inundar de choro, à noite, a minha cama
E as lágrimas encharcarem meu leito,
Ainda assim, não desistirei de nós.
Serei forte. Clamarei ao Vento.
Para não arrefecer meu intento,
Pedirei que os céus se abram
E a Deus clamarei por um alento.
Cantarei para nós nossos versos,
Ao coro dos rouxinóis.
E, enfim, tudo será pleno,
Simplesmente...
Porque resisti.




Mamãe Coruja

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Como areia do mar

Praia do Alter-do-Chão/ Santarém/Pará - Brasil
(Foto: José Siqueira)
   

Olás...
Quando tua ausência se fizer sentida
E lembranças de nós dois,  quase esquecidas,
Desnuda estarei, como  nasci,
E em deserto me tornarei.
Quando tua falta se transformar em dor imensa,
Como areia do mar,
Que não se pode medir nem contar.
Farei uma aliança com os animais selvagens,
Com as aves do céu, e até mesmo com os peixes do mar,
Para que não desapareçam, como tu.
Mas, se ainda assim,  
Eu for definhando com a tua ausência,
Procurar-te-ei no cimo das montanhas,
Acima das colinas e debaixo dos carvalhos.
Tua vinda é certa como a da aurora,
Como o cair da chuva
De Primavera que irriga a terra.
E, enquanto tua  presença não se fizer sentida,
Vou me nutrindo da esperança de tua volta.
Mamãe Coruja

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Sou... Fragmentos.

Olás...

18º Fragmento

 
Voei nas páginas de um livro,
Durante dias seguidos,
Para assim te encontrar.
Fiz "Oferenda", pisei em folhas secas,
Levastes-me contigo a passear.
Andei sobre areia fina,
Moldando meus pés aos teus...
Em águas claras e mornas, 
Como de cavernas, submersas n´algum mar,
"Raio de Luz" te davam "Bom Dia!"
E eu... a sobrevoar.
Fui em tua direção,
Em caminhos improvisados.
Criei versos sem rimas, palavras incompletas.
Agora, "Diz-me: Onde estás?"
Vi que estavas entre multidões,
Feliz e sorridente,
Como bem se alinhava meu pensamento.
"Apenas Hoje" querias que fosses chuva
De poemas...
A  molhar toda a gente.
Continuarei a voar contigo.
"Apenas isso me chega!"


 19º Fragmento

E, se por acaso,
Algum dia não mais me quiseres,
Meu nome já não disseres...
Teus olhos já não me olharem,
Teus versos, diversos, calarem...
Tiveres levado  o som das letras,
Que soavam como notas divinais,
Quem levará minha tristeza embora?
Nesse dia,  que  não mais me quiseres,
Serei como pássaro sem canção.
Como pedra, inerte, sem reação.
A chorar, na flor da Vitória Régia.
Culpar a Lua pela recusa tua...
E pedir às estrelas...
Ao vento... e à chuva...
Que acalentem minh´alma nua.
Se, por acaso não mais me quiseres...
Diz-me: como poderei distinguir
O Céu azul...
Da dor?


Mamãe Coruja

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Respostas...em fragmentos.

Olás...
 
 
16º Fragmento

Resposta à "Oferenda"
 
Sou parte extirpada de ti,
Invólucro da minha pele.
A água que sacia tua sede,
É a mesma que em meus cabelos,
Como orvalho, adormeces.
És a plenitude oferecida a mim,
Como a noite enluarada,
Presenteada aos amantes.
Reivento—me para ti.
Desfaço—me. Sigo tua direção.
Exploro, do meu mais simples verso...
(Ou do que achares complexo)
O que quiseres, como oferenda.
Seja um beijo, ou comum afago,
Basta dizeres, em poemas silentes,
Que também me decifras.
E, no reflexo dos teus olhos,
Em cada parte do teu corpo,
Sou o perfume que sentes.


 
 
17º Fragmento 
 
 Momentos Diferentes
 
 Cá estou. Presença ausente.
Contudo, sente.
Na complexidade de O Processo,
 Kafka, ponto comum.
Pego-me contente, por nesse Livro te encontrar.
Ao contrário de ti, porém,
Confusões mil, não estava à beira mar.
À sombra daquele enredo,
Colhi impressões, estratégias e medo.
Eu estava entre quatro paredes.
Absorta. Divagando.
Ouvi teus passos chegando.
Ledo engano. Meras ilusões.
Eram pegadas de personagens
Do mesmo livro que tu lias.
Tu, como pássaro, livre.
Eu, refém,
De quem rouba coração.


 
 
 
Mamãe Coruja


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

14º e 15 º Fragmentos


14º Fragmento

Estou em todo espaço que pensares.
Envolta,  como envolvida a tua derme,
Ou em cada frase que disseres.
Estou exposta, como tua epiderme.
Diz-me tudo o que quiseres,
Tanto quanto desejares.
Sou o atalho para as tuas procuras.
Estou em ti e nas palavras
Que tanto extravasa ternura.
Prendo-te aos meus anseios.
Não! Não o deixarei cair.
Ponho-te quieto, por entre meus seios.
Estarei contigo, como outrora,
Hoje e amanhã, certamente.
A qualquer tempo que se fizer hora.
Estarás comigo, eternamente.
Estou aqui. Olhas-me sem receio.
Não vês como te afago?
Sinta todos os meus sentidos,
E jamais se veja abandonado.


                                                              15º Fragmento

Por entre rios de água doce,
Em cachoeiras esculpindo as grutas.
Riachos calmos e límpidos
E em selvas de tantas aventuras.

É por lá que ando,
Pisando em solo fecundo
À espera que te encontre.
Ainda que por um segundo.

Meus olhos enxergam o verde,
Ouço cantos, como o do sabiá,
Só ainda não te vejo.
E me pergunto “quando será”?

Talvez algum dia aconteça,
De um rio cortejar o mar.
Mas oceanos são distâncias,
Que não  vislumbro alcançar.

E destes sonhos me alimento.
São sonhos que sonha o poeta.
Vou vivendo em jardins férteis
Onde voam  borboletas.

É assim que descanso meus pés,
De dias, longo enfado.
Adormeço, cantando algum bolero.
Acordo,  penso em ti e canto um fado.


Mamãe Coruja
 

domingo, 11 de outubro de 2015

... Ao Livro "SOU TEU"...


13º Fragmento

Cega de Amor,
Não o vejo.
Desconheço a cor dos teus olhos,
Nem sei como é o teu olhar.
Que me importa, se minhas mãos te veem?
Que me importa, se com elas posso te desenhar.
Cada detalhe, sei-te de cor,
Tatuo em minhas mãos, 
Com suaves deslizes,
Nas asas da Quimera, quisera,
Ver com meus olhos as luzes,
As cores, que colorem tua íris.
Sim, senta cá. 
Dá-me tua mão mui preciosa,
Pois sois meu guia, minha via de mão dupla...
Dou-te todo o tempo que quiserdes,
Para conversares...
Sem sentirmos nenhuma culpa.
Deixa-me somente imaginar 
As matizes dos olhos teus...
Permita-me!
Olhá-la com teus olhos.
Diz-me tudo o que aconteceu.
Descreva, amiúde e sem pressa.
Só pare, só interrompa...
Quando sentires minhas mãos
Tocando os lábios teus.



Mamãe Coruja

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

...mais Fragmentos...



11 º Fragmento


Tu,
Com poemas,
Vens despertando emoções.
Em mil mulheres provocando reações.
Se são teus jeitos de dizer,
Ou,
Se o que não dizes
É que faz acontecer.
Respiras as mais ardentes paixões.
Mexes com a Alma,
Da mais remota à pequenina.
Provoca-nos a mais pura adrenalina.
Nem se precisa de muito esforço,
Tampouco competir.
Basta exercitar-se com teus versos...
E deixar o sonho fluir.



12º Fragmento


Meu amor por ti não morre,
Com esta tua ausência constante.
Eternas serão as lembranças,
Do quanto fomos amantes.
Teu Amor era a minha pele,
Que no frio nos aqueceu.
Não o tenho mais ao meu lado,
Só teu cheiro, em mim, permaneceu.
Volta!
Sempre que quiseres.
Abraça-me!
 Quanto puderes.
Essa ponte é apenas uma ilusão.
Meu amor, 
Sabes bem, que podes chegar...
Suavemente,
Como as notas de uma canção.



Mamãe Coruja